A saudade, às vezes, faz o nó no peito contorcer todos os sentidos.
❤ Bira
9 de Julho de 2015
A saudade, às vezes, faz o nó no peito contorcer todos os sentidos.
❤ Bira
9 de Julho de 2015
A Vida, o Tempo, o Ser, a História.
Substantivos próprios.
Próprios. Tão próprios, mas tão próprios que só fazem sentido pra mim, com o Eu.
23 de Junho de 2015
Jogue as armas pela janela
Fique mais leve
Inspire, expire e voe
Sobrevoe-se.
Converta outrem ao seu lugar
Desloque-se para lá
Troque erros por riscos
Nervos por risos.
E pergunte-se,
E responda-te
E torne-se a tornar por lá e cá
Por cá e lá, sobrevoando-se
Sem se negar.
10 de Maio de 2015
O que será pra escolher?
Não se engane ou se iluda,
Não vai te poder
Olha bem pro descampo
Lá,
No encosto da encosta do céu
Passeia a resposta
Disposta
A revelar ‘contecer
Decida, não
Descubra
Aquilo que só o deixa-se ir
Vai susurrar pra você
04 de abril de 2011
Tell me what you think
How you are walking
Around your mind
Around your meanings
Tell me other things
How you describe
The smell of the wind
Or the image of the reasoning
Don’t tell me anymore
Just leave, just leave growing
The seeds of the sense
That lives in your in
17 de agosto de 2014
Mutações inquietas do mundo sobre nós
Mutações dos nós inquietos da vida
Mutações celulares de alcances estelares
Mutações, mutações, mutações
Mutações de rizomas gananciosos
Sobre a vida,
Sobre o mundo,
Sobre o tempo,
Sobre a Terra,
Sobre a terra,
Sobre a fruta,
Sobre o pão,
Sobre o chão,
Sobre as águas,
Sobre as ondas,
Sobre as sobras,
Sobre o ar,
Sobre a luz,
Sobre o vício,
Sobre viver,
Sobre o ser,
E o saber,
Saber-se ser em mutações.
28 de Julho de 2014
O Tempo não tem a pressa
…
A pressa não tem o Tempo
…
Quem vive o Tempo, sente o vivo do tempo
…
Quem sente a pressa, mais se apressa
…
Quem se apressa, não aprecia o Tempo
…
Perde o fio, perde o apreço, perde o tempo do Tempo
…
.
.
.
28 de Julho de 2014
O tempo não corre
O tempo não arrasta
O tempo não apressa
O tempo não voa
O tempo não é pretérito
É passado
Por quem sente a travessia
E na vida, se assenta
O tempo não entra em guerra
. Mas tem quem vai
. E luta contra
O tempo não é moeda
. Mas tem quem acha
. Que perde tempo
O tempo não se dá
. Mas tem quem quer
. Ganhar um tempo
O tempo não tem tempo
Pra ficar destemperado
Pelo nosso descontento
Sê atento!
07 de fevereiro de 2013
Em algum lugar
Larguei menina cândida
Perdida por aí
Foi desmazelo, descuido, descrença
Na vida ingênua
Na paciência inquieta
Na inocência crédula
De que um dia entraria
Na linha reta
Nos campos concretos
No rol de muralhas
Que a ciência daria
A inocência, cândida,
Menina moleca,
Se perdeu por aí.
A buscar a insistência
Que só aqueles que não sabem julgar
Encontram em si.
02 de fevereiro de 2013
Não tenho idade
Alguém duvida?
Amnésias de vida
Memórias pra inventar
Não tenho idade
Passagem de ida?
Viver destemida
Histórias pra cantar
O tempo que passa
É atraso de vida?
Não, é senhor de divisas
Não vai ficar pra contar
16 de novembro de 2012
O que me liga é essência
O que me torna
O que me vida é reticência
Me transforma
O que me olvida, me seduz,
Me transtorna,
Liquefaz
16 de março de 2012
Não transforme o seu mural em aterro sanitário, esgoto ou lixão
Faça dele um ponto
De sua própria e outra mutação
Provoque as suas cercanias
Arte, atitude, vera informação
Rio, sim. Por que não?
É fácil curtir, compartilhar, comentar
Estranho e custoso é entender
Que aquilo que hoje aprovar
Pode cair mal pra você
02 de fevereiro 2012
Te amo sobremaneira
Te amo inteira
Te amo pelo que vejo
Em nós, desejo, em mim, sossêgo
Te amo pelo encanto
Nos trouxe ao encontro
Te amo pelo tempo
Que vivo momento
30 de novembro de 2011
Ah, esse Tempo tão sabedor!
Te vendo de fora, olhando para você, suntuoso, pleno, gigante, maior que todos nós, entendo:
-Você é o Senhor!
E, sim, devemos ser pacientes obedientes de sua história. Mas, me diga uma coisa, Dr., me sentindo assim, pelo avesso de dentro:
-Quantos tempinhos hão de haver para eu entender a trajetória?
20 de maio de 2011
Entorpeça a mente
Se não quiser decidir
Adoeça razões
Se for desviar
Permaneça inquieto
Se não for intuir
Consinta o acaso
Se não puder mensurar
Escolhas, meu bem, são formas
Deliciosas de poder se mudar
E qualquer que seja a aposta,
Não se esqueça
Que angústia só vive
Antes que ela aconteça
07 de abril de 2011
Para cada aflição vivida
Alguns tragos mandados
Para alguns goles absorvidos
Monóxidos deliciados
Para cada tragada insistida
Meus alvéolos estraçalhados
07 de abril de 2011
A vida é como uma caminhada elíptica, abastecida pelos nossos desejos, impulsionada por cada escolha e dirigida por nossas próprias – nem sempre, claras – razões
06 de abril de 2011
O silêncio povoa a mente de quem não ouviu
Uma pergunta, um gesto, um fazer entender
Deveriam ser
Suficientes para dizer:
-Não! -Ok!
-Sim! -Obrigada. -Talvez…
Mas o silêncio
O silêncio rasga
Encharca, maltrata, mastiga
O simples desejo de uma resposta
Nem sempre entendida
O silêncio grita
Intencional, me agita
E vai do um para o outro
Se fazendo de morto
O silêncio não ouve
Mas não ouve, por que?
Aquilo que ninguém soube
Porque é teimoso pra ver
Sempre falará um tanto mais alto
Mais alto que todo barulho
De dentro e de fora
De sobre e de agora
E sobre o que eu bem quiser
Quiser entender
“Escuto o silêncio
Que nasceu de você
Do dito que eu disse
Preferiu se calar
Do viso que visse
Não fez por notar
Que pena, (você) não soube
Ouvir
Não soube (eu)
Entender
O que poderia, não mais poderia dizer”
23 de março de 2011
Vamos, cozer nosso feijão
Preparar melhor o pão
Pra firmeza perdurar
Vamos, esquentar um pouco d ´água
Camomila e muita calma
Pro grito não berrar
Sim, eu falo mesmo é dessa vida
Que requenta nossos dias
Dorme dor, acorda sã
Venha, não se apóie nessa faca
Afiada tudo mata
Do desejo ao desdém
Canta, mais alegre de manhã
Pro seu sonho te lembrar
E o café não amargar
Lembra, que a noite é criança
Tenha fé, mais esperança
Pro outro renascer
Perfuma, com as ervas mais sagradas
O seu ar, a sua casa
Seu jantar será melhor
Sirva, de sabor a sua mesa
Não espera, põe certeza
Que essa vida valerá
Mais, que os dias já contados
Que os grãos desperdiçados
Sem ninguém pra oferecer
16 de junho de 2010
Meu estado é confuso
Só não confundo você
Não te troco por troco
Nem por mais do que é bem mais do que pouco
Somos, sim, mais que duas
Pele, osso, perfume, pescoço
Vales, várzeas, rios, montes
Estrada ponte, vira curva
Conheço bem as suas ruas
Tantos dias, muitas mesas
E mais camas, nossas meias
Tanto mim, tanto tu
Tanto tá, entre nós
Olho envolta, somos mais
Olho em casa, somos tais
Somos ser a se entender
Entre os entres dessas partes
Que se partem por ser mais
Mais que dois será demais?
É gostoso, é bonito
Colorido tudo em cima
Só não posso lhe dizer,
Olha lá, não sei cadê
Aquele frio que subia
Pra espinha amolecer
15 de junho de 2010
Fagulhas para o dia
Indecências, incertezas
Angústia, melancolia
Fagulhas para o dia
Loucura, devaneios
Livros, sabedoria
Fagulhas para o dia
Crenças, desistências
Força, euforia
Fagulhas para o dia
Desejos desenhados
Discos, nostalgia
Fagulhas para o dia
Amor ou só delírio
Cama, anatomia
Fagulhas para o dia
Quereres por demais
Medo, covardia
Fagulhas para o dia
Anseios, analgésicos
Cigarros, cafeteria
Fagulhas para o dia
Desande, desordem, des,
Incêndio, água fria
15 de dezembro de 2009
Os respingos de chuva no vidro da janela
Se interpõem
Entre mim e o que há de mim
No pensamento lá fora
E sim!
Há mais emoção quando percebo
Que mais chove em mim
Do que do lado de lá dela
08 de outubro de 2008
Encontrei um corpo santo e perfumado
De intenção úmida,
Sensação fluida,
Doce, fresca e sensível
Um prazer claro e embalado
Pelo desejo da minha tez mulher
No interior aconchegante
Das placentas paredes
Do íntimo útero dela
30 de novembro de 2004
Um casaco quente
Que se encaixa no frio
E se enrola na gente
Falar do azul
Pensar sobre o tempo
E esquecer que tem mente
09 de outubro de 2008
para Vê
Tava por aí curando dor de amor
Dessas que a gente acha que dura pra sempre
Caso que custa a passar
Pessoa quase ideal
Nada disso!
De tanto esperar por esperar amor ser maior
Encontrei um desvio
Num desejo quase promíscuo
Por aquela que conto pros cantos
Ser quase perfeita
28 de janeiro de 2003
Andar pela vida
Cruzei
Sentir pelos becos
Entrei
Entrar pelas portas
Voei
Sentar nas calçadas
Cansei
20 de abril de 2004
Mais um suspiro
Mais um pingo de suor
Indo, o moço,
Encanador de concreto,
Vai
Esmaecido nas vestes
Desvelar-se
Assobiando pipocas
09 de junho de 2007
Eu vou
Pássaros voam
Queria ver do alto
Dar rasantes de súbito
E com o próprio peito
Sentir a força do vento
Sem medo!
algum tempo entre 2008 e 2009
O que fazer com tanta reticência?
…
Prever, rever, preencher, lucubrar
…
Do gole do subentender
…
Amargar!
14 de dezembro de 2009