À espera

4 jun

Morro, já, pelo medo do fim dessa vida
E o que me mata é tal essa dor
Do desconhecido saber

A dor da minha morte é atual
Sinto-a agora, plena e medrosa
Aflição de viver
No esperar do momento

Mas o que me adoece é o sentimento vivo
Habitante fiel da incerteza:
Esperar a hora do grande repouso?
Ou viver para sofrer pelas mortes de outrem?

Tristezas que porventura irão conhecer minha vida
Aquelas que têm nome de falta
De desconhecida angústia
Que em eufemismo se presta como
Singela saudade
(em lápide bela)

02 de fevereiro de 2005

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