A morte não foi feita pra ser entendimento
A morte é dessabida, cheia de desrazão
Foi costurada pra ser aguentamento
Bordada de interrogação.
Das mortes que eu senti
Tentei delas razoar, resisti.
E se viveram depois mais vivas
Foi porque num insisti.
Esquisitice essa de morrer
E logo de ser o mais lembrado,
Mais vivinho na querência
De viver aqui do lado.
Até aguento que se foram
Só não sei bem mais por quê,
Por que é que caminharam,
Antes deu, antes docê.
16 de agosto de 2015
Mineirinha danada de vivida….